Passados os minutos
Do remorso desleixado,
Havia sempre aquela constante voz
Enterrada num dia frio:
Era voz de Juliana
Ou Carolina,
Ou alguma outra dessas
Que ficam em mim
Dizendo dos dias frios
'São assim mesmo',
E vendo em cigarros vazios
A inebriante presença que falta;
Cotidiano é assim:
É querer bem-me-quer incessante
Colado nos cabelos
Vestindo as minhas roupas
Dizendo repetitivamente que
C'est la vie, c'est l'amour, c'est toujours,
Num poema escrito rápido, sem pontos
Ou intervalos
Que começa no fim
E termina no princípio,
Sem saber do que fala,
Querendo nascer.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
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