quinta-feira, 30 de julho de 2009

O infante

Havia uma criança
Que brincava com seus bonecos
Por trás de uma janela de vidro
E suas travessas castanhas de madeira.
Sentada naquela casa
Que já jovem não se dizia
Ia fazendo suas criancices
Que, de alguma forma,
Faziam-lhe sentido.
Tramava histórias e aventuras,
Monstros e heróis.
Criava estranhas criaturas
E pessoas diferentes.

Porém o pequenino não sabia
Que fora daquela casa
A chuva de sua estória real se fazia
E todos os contos se distorciam
Pois aqueles seus inocentes brinquedos
Continham as almas de outras pessoas.
E seguia a criança com as fantasias
De seus bonecos de vodu
Sem entender que as almas,
Quando se quebram,
Não podem se consertar.

Um comentário: