domingo, 21 de novembro de 2010

Fobia

(12 de Outubro de 2010)

Eu tenho sempre um mesmo sonho
Em que pulo da varanda
E explodo no chão.
Sempre pulo, não sei por que;
Mesmo com as veias em risco de medo
Traçando a dianteira;
Mesmo com o sangue
Esculpindo as sobrancelhas.

E me pergunto 'por que saltarei
Se sei do chão?
Po que me inclinei entre as grades
Do pouco espaço entre mim e o vão?
Por que me deixei
Neste esparso lapso de verso
Em que desejei ser reverso?'

Só sei que sempre sonhei e pulei.

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