Acho que nem sempre as flores belas são mais belas:
Gosto da vitória-régia -
Gosto do verde regente,
Do ato vitorioso de ser plana.
Gosto o marca-passos
Que transita sobre a água
Quando uma rã embarca-a.
Gosto a fábula que se dá
Entre o grilo e o peixe
Na hora do jantar.
O levitar entre rios
Quando o céu, desmoronando,
Inunda as bordas
E não consegue afogá-las.
Amo o vórtice das correntes
Contra o qual resistem firmes
As longas tranças verde-amareladas;
O rodopio corpulento e lento,
Como se um relógio
A ir e voltar,
E mais ainda o verde e azul
Que lhe cercam
(Molhos de rosa não têm por onde desabrochar
Nos vasos de vidro sobre a estante).
Gosto mesmo é do ar
Que se dá onde há
A régia simplicidade
E vitória natural
Da vitória-régia.
(25 de Março de 2008)
terça-feira, 23 de junho de 2009
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Raffa de todos
ResponderExcluiresse foi o que eu mais gostei,
as brincadeira com os nomes das flores
Meus parabens. tiro o chapeu pra voce.
Que esse sejam apenas o inicio de muitos poemas
que ainda virao no decorrer de sua vida.
grande abraço do jow