terça-feira, 23 de junho de 2009

Eu e meus dentros

Há rasgos e há rasgos nessa personalidade
Que me fala ser eu
- Há o polvo, há a cobra,
E nem por isso sobram ou faltam opiniões.
Falta um prazer após o sexo
Ou um desgosto ao assassinato;
Trava sempre uma memória dúbia após o ato
- Come os cabelos e se arranha
Acaricia e se trata -
Entre o blásfemo que erotiza aos lados,
O nada que se conscientiza por dentro
E o telepático que ritmiza por trás.
Falta um ponto sobre o universo
Que grite a fala e a vontade.
Não quero mais uma democracia que me rasga
Um consenso que me faça e desfaça ao instante,
Estalando sobre seus parcos parafusos.
Pare o erótico e o rítmico!
Não é bem a erotimia que me acelera
Ou o prazer que me faz carne.
Arranca minha pulsação
E me faz mais homem do que alma
Para eu ser carne acelerada anti-erotímica.

(15 de Janeiro de 2008)

Um comentário:

  1. "E nem por isso sobram ou faltam opiniões.
    Falta um prazer após o sexo
    Ou um desgosto ao assassinato;
    Trava sempre uma memória dúbia após o ato"


    Sem mais.

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