terça-feira, 15 de setembro de 2009

Esteticida

(Escrito em 10 de Novembro de 2006)

Olha o meu padrão de tintas
Iguais às tuas, garanto, iguais;
Iguais às deles, garanto, iguais.
Não são bonitas
As minhas fitas tintadas,
Que me esmerei em copiar
Da rua, quanto tu não me gostavas,
De ti, quando a rua me chutava,
Até meu gosto em vós se equilibrar?

Vê, admira e aceita
A minha prática de ser-te
Minha seita de ser todos
E de todos serem eu.
Vem e copia minha tinta
E me risca onde não gostares mais;
Pois quem gostaria de ser diferente,
Esquisito neste mundo dos iguais?

Mas não me vem,
Não me vem por me apreciar
Que senão minha tintura quebra
E verás a casca escura e mal formada
Da pintura que no barro sou.
Só me olha,
Só me olha de longe,
Que daí de onde estás sou ideal,
Por trás de telas e mensagens contorcidas
Para caberem no meu mundo virtual.
Não te esquecas desse meu simples pedido,
Que também fizeste quando eu quis te apreciar,
Pois assim fica mais fácil e bonito
Ser ornato para estético ornar.

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